O encontro terá a participação de Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Sidônio Palmeira (Secom), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão), além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
A reunião já havia sido adiantada por Teixeira na quinta (22) após se encontrar com Haddad e Fávaro para discutir algumas propostas. São, pelo menos, 10 medidas que devem ser apresentadas a Lula, entre elas mudanças nas taxas cobradas dos vales alimentação e refeição, portabilidade do benefício e a desoneração na folha de pagamentos dos trabalhadores dos supermercados.
Há, ainda, a possibilidade de se fazer mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e a diversificação do cultivo de alimentos no Plano Safra. Por outro lado, alterar as regras sobre a data de validade dos produtos, que chegou a ser ventilada por ministros, está descartado.
Haddad ainda chegou a falar com jornalistas que o governo vai fazer um “estudo com cautela” sobre as medidas apresentadas, já que algumas delas podem impactar nas contas públicas, e negou que possa haver algum tipo de subsídio ou se utilizar o espaço fiscal. Ainda não há prazo para o anúncio de alguma solução para os preços dos alimentos.
“Os alimentos estão caros na mesa do trabalhador. Todo ministro sabe que o alimento tá caro e uma tarefa nossa garantir que chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, disparou.
As carnes subiram 20,84% no ano, enquanto que o café moído disparou 39,6%. No cálculo geral, o segmento de alimentos e bebidas foi o que mais pesou na inflação do ano, com um aumento de 7,69% — na visão do governo, causado pelos “eventos climáticos” do ano passado, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a estiagem em grande parte do país.