“Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centrão e outra do Psol. A Oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos”, avaliou van Hattem. O deputado também demonstrou desconfiança em relação ao favoritismo de Hugo Motta (Republicanos-PB), apoiado pelo Partido dos Trabalhadores: “Quando alguém tem apoio do PT, eu tenho automaticamente o pé atrás”.
A candidatura de van Hattem se compromete com pautas como o impeachment de Lula, a anistia às vítimas do 8 de janeiro, a defesa das prerrogativas dos parlamentares e o combate ao abuso de autoridade. O deputado garantiu que não permitirá o aumento da carga tributária e trabalhará para reduzir impostos. “Nosso compromisso é com o Brasil, não com barganhas políticas ou interesses de curto prazo. Queremos devolver o protagonismo ao Parlamento e garantir que as decisões tomadas aqui reflitam os anseios da população”, declarou.
No Senado, o Novo lançou Eduardo Girão (Novo-CE), que se notabilizou pelo combate à corrupção e a defesa da liberdade de expressão. O congressista criticou o atual cenário da Casa: “O Senado está em estado de inércia e longe dos anseios dos cidadãos brasileiros”. Ele afirmou que pretende garantir independência na condução dos trabalhos e atuar contra o ativismo judicial: “Precisamos de uma presidência que não seja submissa, mas que represente os interesses legítimos dos brasileiros”.
Girão também criticou Davi Alcolumbre (União-AP), que concorre à reeleição: “Ele apequenou o Senado permitindo uma invasão cada vez maior de competências por parte do Poder Judiciário, gerando um caos institucional e levando o Brasil à insegurança jurídica”. Para ele, a Casa precisa de uma nova liderança que restaure o equilíbrio entre os Poderes.
“Estamos no Congresso enfrentando o que existe de pior na política, como partidos fisiológicos que colocam interesses pessoais acima dos interesses nacionais. Nossas candidaturas são para defender o Brasil”, concluiu Girão. As candidaturas enfrentam desafios dada a grande adesão dos adversários, mas o partido Novo aposta que sua postura independente pode influenciar o debate político.