Encerrando seu segundo mandato como presidente do Senado, em entrevista coletiva na manhã deste sábado (1º), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) desconversou sobre a possibilidade de assumir um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar está sendo sondado por integrantes do Palácio do Planalto para ser contemplado na reforma ministerial do Executivo
“Fico honrado com menções a meu nome, feitas muito mais por vocês, da imprensa, do que pelo governo. Mas essa é uma avaliação que tem que ser feita a seu tempo”, desconversou.
Pacheco também comentou a fala de Lula na última quinta-feira (30), que disse querer que ele “seja governador de Minas Gerais”. “É um sonho que sempre tive ser governador, mas isso depende de muitas variáveis e o momento hoje não é dessa reflexão. Fico honrado de um presidente como Lula externar esse desejo (de disputar o governo de Minas Gerais), me sinto honrado”, completou Pacheco.
Questionado sobre seu papel à frente do Senado, Pacheco afirmou que deixa como legado “a defesa da democracia”. “Eu considero que o que deve mais nos orgulhar nesses quatro anos, a todos nós do Senado, é a defesa que o Senado fez da democracia no Brasil. A defesa da democracia foi uma tônica que fez com que o Senado se unisse em um momento de negacionismo, de ataques antidemocráticos, de negação à obviedade de que a democracia deve ser garantida no Brasil”, disse.
Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que, assim como Pacheco, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), têm a possibilidade de assumir outros papéis após deixarem os comandos das Casas do Legislativo.
“Tanto o presidente Lira quanto o presidente Pacheco têm todas as credenciais políticas, encerrando suas presidências, de cumprir outros papéis na República”, declarou Padilha, quando questionado sobre a possibilidade deles assumirem ministérios.