O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou os ataques ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e à direita no país e no mundo. As críticas foram feitas durante uma entrevista coletiva marcada de surpresa na manhã desta quinta (30) para explicar como deve ser o ano de 2025 para o governo e sinalizar que está “100% recuperado e preparado” para “todas as lutas que vierem”.
A coletiva ocorre já sob o comando do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Sidônio Palmeira, após sucessivas reuniões por dias com Lula para melhorar a comunicação do governo com a população.
Lula afirmou que “quem quiser derrotar a politica do meu governo, vai ter que aprender a fazer luta de rua”, em vez de ficar criticando apenas pelas redes sociais. Ele afirmou que viajará pelo país neste ano para falar da “colheita” dos resultados das políticas implantadas nestes dois primeiros anos de governo.
“Por isso que digo isso pra todo mundo, este será o ano que a gente começa a grande colheita de tudo o que foi plantado em 2023 e 2024, foi quase que uma reconstrução das coisas do país”, disparou retomando as críticas de que começou a comandar o país no início do mandato com políticas supostamente “desmontadas” pelo governo Bolsonaro.
Emendou falando, ainda, que agora é “a hora da verdade” ao país, e que é preciso evitar o que seria a derrota da democracia “se a gente permitir o crescimento da extrema direita no mundo inteiro, da fake news e da mentira ganhando da verdade”.
“Essas coisas [feitos do seu governo] é que vão mostrar a diferença entre o Brasil de agora e o Brasil do futuro e o Brasil do passado, o Brasil da democracia e o Brasil da antidemocracia, o Brasil da democracia e o Brasil do golpista, o Brasil da verdade contra o Brasil da mentira”, disparou.
Lula ainda classificou como injusta a crítica do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) e diz que deu risada da afirmação de que o PT não ganharia a eleição novamente se a votação fosse agora. “Como ele disse se a eleição fosse hoje e perderia, fui olhar no calendário e percebi que será só daqui a dois anos”, disse que não se deve antecipar a disputa de 2026 e que quer trabalhar por 2025.
O presidente afirmou, ainda, que não autorizou nenhum aumento do preço do diesel, e que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, não precisa comunicá-lo disso.
“Se ela tiver uma decisão que, para a Petrobras é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique a imprensa. Se tiver uma movimentação [protesto] de caminhoneiros, nós vamos conversar”, completou.
Lula ainda garantiu que deu toda a autonomia possível ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de conduzir a política monetária do país e disse que já esperava pelo aumento da taxa básica de juros de 12,25% para 13,25% nesta quinta (29).
Mais informações em instantes.